domingo, 4 de novembro de 2007

Parques aquáticos da Disney na Flórida reinventam praia e estação de esqui em Orlando






ORLANDO, EUA - Usando as atrações de uma estação de esqui como tema, a Disney simulou neve no coração calorento da Flórida; e da encenação de um paraíso tropical devastado por um furacão, reinventou a praia em Orlando. Perto das megaproduções apresentadas em Magic Kingdom, Disney_MGM (agora rebatizado de Hollywood Studios) e Epcot, os parques aquáticos da Disney nunca tiveram status de atração principal, mas nem por isso merecem o ostracismo, pois têm talento de sobra para garantir horas de diversão e entretenimento da melhor qualidade.



Como todo bom parque aquático, Typhoon Lagoon e Blizzard Beach merecem um dia inteiro no roteiro de férias. Escolha, de preferência, o mais ensolarado e calorento deles. Chegue cedo para dar reconhecida no terreno, avaliar as atrações disponíveis e escolher o seu lugar favorito à sombra, ou ao sol. Typhoon Lagoon, criado como se fosse uma ilha caribenha recém devastada por um furacão, é um parque extremamente agradável pela quantidade de natureza que se vê por todo lado. Além dos toboáguas, rio lento e piscina de ondas 'que daria até para surfar' - mas onde não se pode entrar com os boiões - o parque tem uma interessante piscina de água salgada interligada a um aquário para snorkelling onde os banhistas visualizam espécies diversas incluindo tubarões, arraias e outros peixes coloridos. Outros toboáguas se escondem por trás do navio encalhado no 'topo' de uma montanha, que compõe o cenário-catástrofe, na parte do fundo do parque. Nem precisa dizer que o rio lento, que circula toda a área do parque, é um divertido e refrescante meio de transporte para ir de uma ponta a outra.



A atração mais recente deste parque é a "Crush 'n' Gusher", uma verdadeira montanha-russa aquática, para agradar aos caçadores de emoções. O briquedo se divide em três toboáguas Banana Blaster, Coconut Crusher e Pineapple Plunger, com vários graus de declives e curvas. Num deles, o fluxo de água que corre por dentro dos tubos permite que o banhista percorra um trecho em aclive, antes de finalizar numa piscina.




Blizzard Beach é uma bem-humorada brincadeira com uma estação de esqui. E todos os toboáguas e brinquedos acontecem a partir e ao redor desta grande 'montanha nevada'. Um lift (teleférico) que transporta os banhistas ao topo dispensa aquelas intermináveis escadas características dos brinquedos de parques aquáticos. Quem preferir também pode subir de escada, mas aí é bom preparar o fôlego.


De lá de cima, antes de voltar a concentração para os toboáguas, vale a pena dar uma olhada no entorno e brincar de avistar os ícones dominantes dos demais parques da Disney: o Castelo da Cinderela (Magic Kingdom), a Torre do Terror (Hollywood Studios/Disney MGM), a esfera metálica de Epcot, a Árvore da Vida (Animal Kingdom). Feito isso, é hora de escolher entre os diversos escorregas que - como pistas de esqui - levam à base da montanha: tubo vertical, toboágua com canaletas múltiplas, ou até de escada. Isso sem falar na enorme e colorida área para crianças e a piscina de ondas (com ondas um pouco menores que as de Typhoon Lagoon).

Em geral, os parques aquáticos são oferecidos como atração complementar aos ingressos vendidos em pacotes. Caso este não seja o seu caso, o ideal é tentar chegar cedo, ou garantir o ingresso com antecedência. Os parques aquáticos têm uma capacidade bem menor que os temáticos e costumam lotar nos dias mais quentes e de maior movimento no complexo.

Serviço

No período de transição entre as temporadas de outono/inverno, os parques alternam o funcionamento, fechando para manutenção. O Typhoon fecha emnovembro. O Blizzard fecha de 6 de janeiro a 8 de março. O Typhoon Lagoon fecha de 28 de outubro a 31 de outubro até 5 de janeiro. Blizzard Beach - Aberto diariamente das 10h às 17h. Typhoon Lagoon - Será fechado a partir de novembro para reformas. Reabre na primeira semana de janeiro. Ingressos: US$ 39 (adultos) e US$ 33 (crianças) para o ingresso individual de um dia no parque.

domingo, 28 de outubro de 2007

História das montanhas-russas

As montanhas-russas possuem uma história longa e fascinante. Seus ancestrais diretos foram os monumentais tobogãs de gelo, populares na Rússia nos séculos XVI e XVII. Estes tobogãs tinham uma construção consideravelmente simples: consistiam em uma longa e íngreme rampa de madeira coberta com gelo. Os passageiros subiam uma escada até o topo, de altura aproximada de 20 m. Lá em cima, entravam em trenós feitos de madeira ou blocos de gelo e disparavam pista abaixo. Chegando embaixo, os trenós colidiam contra um monte de areia.
Os historiadores das montanhas-russas divergem sobre a exata evolução destes tobogãs de gelo para os atuais vagões rolantes. A história mais difundida é a de que alguns empreendedores franceses importaram a idéia do tobogã de gelo para a França. Mas exceto por alguns meses, o clima mais quente da França derretia o gelo, levando os franceses a construir pistas enceradas. Para ajudar os trenós a descerem, eles acrescentaram rodas. Em 1817, o Russes a Belleville (Montanhas-Russas de Belleville) tornou-se a primeira montanha-russa onde o trem era preso à pista (neste caso, o eixo do trem encaixava-se em um sulco entalhado na pista). Os franceses continuaram a expandir esta idéia, elaborando composições de pistas mais complexas, com múltiplos carros e todos os tipos de giros e curvas.



A primeira montanha-russa americana foi a estrada de ferro Mauch Chunk, construída nas montanhas da Pensilvânia, em meados do século XIX. Os trilhos foram originalmente construídos para proporcionar uma maneira fácil de mandar o carvão para a estrada de ferro, distante 29 km montanha abaixo. No começo, quando foi construída, um grupo de operários na base arreava um vagão a uma parelha de mulas depois de esvaziar a carga e elas o levavam de volta para o topo. Para tornar o sistema mais eficiente, os engenheiros da estrada de ferro acrescentaram mais vagões, uma pista de retorno e um sistema de roldanas movidos por um grande motor a vapor até o topo da montanha
Logo após estes melhoramentos terem sido feitos, foi construído um túnel na estrada de ferro que trouxe os trens de carga para muito mais perto da mina de carvão. Como a estrada de ferro em ziguezague havia se tornado inútil para mineração de carvão, foi reconfigurada para se tornar um "passeio turístico". Por um dólar, os turistas faziam um passeio até o topo da montanha, onde poderiam desfrutar de uma refeição no restaurante, descansar no hotel ou dar uma caminhada no bosque, seguida por uma viagem turbulenta e sacolejante até a base da montanha. O sucesso do passeio logo se espalhou, atraindo milhares de turistas a cada ano.

Imagem cedida pela Coaster Central

A Giant Dipper em Santa Cruz Beach Boardwalk, Califórnia: o Santa Cruz Beach Boardwalk é um dos poucos parques de diversões em estilo calçadão remanescentes dos anos 20, os anos gloriosos das montanhas-russas.

Pelos próximos 30 anos, estes passeios turísticos continuavam a prosperar, e incorporaram montanhas-russas de madeira similares às que conhecemos hoje. Elas se tornaram a atração principal de parques de diversões populares nos Estados Unidos, como o Kennywood Park, na Pensilvânia, e os muitos parques de Coney Island, em Nova York. Lá pelos anos 20, as montanhas-russas atingiram o seu auge, com aproximadamente duas mil em operação por todo o país.
Com a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, a produção de montanhas-russas diminuiu, mas uma segunda explosão nos anos 70 e início dos 80 revitalizou a indústria dos parques de diversões. Foi então que se introduziu uma enxurrada de inovadoras montanhas-russas de aço tubular. Algumas das variações de trajetos mais populares, como a pista de madeira em curva, teve seu auge por volta dessa época.
Nos anos 90 e no começo do século XXI, a indústria de diversões passou por um novo tipo de súbita expansão. Novos lançamento de vagões em catapultas, trens suspensos e outros desenvolvimentos tecnológicos abriram várias opções para os projetistas. Nos últimos anos, eles apresentaram montanhas-russas onde o passageiro viaja deitado no carro, tendo a sensação de estar voando, e é arremessado em longos segmentos de pista em espiral. Nos próximos 15 anos, com certeza veremos percursos mais rápidos, mais altos e mais entrelaçados surgindo em parques de diversões por todo o mundo. As montanhas-russas proporcionam uma experiência única e completa, que atrai caçadores de emoção de lugares mais remotos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Mais leve que o ar




Nas seções anteriores, analisamos as forças e o maquinário que impulsionam os carros da montanha-russa nos percursos elaborados. Ao percorrer as colinas, vales e voltas de uma pista, as forças que atuam sobre você parecem mudar constantemente, puxando-o em todas as direções. Mas por que esse movimento contínuo é tão agradável para uns, e para outros tão nauseante?






Para entender as sensações provocadas por uma montanha-russa, vamos observar as forças básicas que atuam sobre o corpo humano. Onde quer que você esteja aqui na Terra, a gravidade estará puxando você em direção ao chão. Mas a força que você percebe de verdade não é a força que o puxa para baixo, mas a pressão ascendente do chão debaixo dos seus pés. O chão é que o impede de seguir para baixo, em direção ao centro do planeta. Ele empurra seus pés, que empurram os ossos nas suas pernas, que empurram sua caixa torácica e assim por diante. Isso é que dá a sensação de peso. Em todo ponto da viagem na montanha-russa, a gravidade está puxando você diretamente para baixo.
A outra força atuando sobre você é a aceleração. Quando você está dentro de um carro na montanha-russa correndo a uma velocidade constante, sente apenas a força descendente da gravidade. Mas à medida que o carro acelera ou desacelera, você se sente pressionado contra o assento ou contra a barra de segurança.
Você sente esta força porque a inércia atua sobre você independentemente do carro. A Primeira Lei de Newton diz que um objeto em movimento tende a permanecer em movimento. Ou seja, seu corpo continuará seguindo na mesma velocidade, na mesma direção, salvo que outra força passe a atuar sobre você. Quando o vagão acelera, o assento o empurra para frente, acelerando o seu movimento. Quando ele desacelera, seu corpo naturalmente tenta manter a velocidade original. A barra de segurança acelera seu corpo para trás, diminuindo sua velocidade.
Seu corpo sente a aceleração de uma maneira engraçada. Quando o vagão está acelerando, a verdadeira força atuando sobre você é o assento que o puxa para a frente. Mas, por causa da inércia do seu corpo, você sente a força na sua frente, empurrando-o contra o assento. Você sempre sentirá a pressão da aceleração vindo na direção oposta à força que realmente o está acelerando.
Esta força (que para simplificar chamaremos de força de aceleração) lhe dá a mesma sensação que a força da gravidade que o atrai para o chão. De fato, as forças de aceleração são medidas em forças g, onde 1 g é igual à força de aceleração da gravidade próxima da superfície da Terra (9,8 m/s2).
A montanha-russa tira vantagem desta similaridade. Ela está mudando constantemente sua aceleração e sua posição em relação ao chão, fazendo as forças da gravidade e aceleração interagirem de muitas formas interessantes. Se você pudesse usar uma balança durante um passeio na montanha-russa, veria que seu "peso" mudaria a cada ponto da pista.
No topo de uma colina de uma montanha-russa convencional, a inércia pode carregá-lo para cima, ao mesmo tempo em que o vagão já iniciou sua descida. Largue a barra de segurança por um momento e você irá realmente elevar-se da cadeira por um instante. Os amantes de montanhas-russas referem-se a este momento de queda livre como "air time".






O equilíbrio entre aceleração e gravidade é a emoção que faz disparar o coração em uma montanha-russa. Seu peso aparente está constantemente mudando de intensidade e direção.
Nesse ambiente, a sensação corporal é complementada por todos os tipos de alterações visuais: curvas de cabeça para baixo, alturas estonteantes e estruturas passando. Estes elementos visuais são uma importante parte da experiência porque lhe dizem que você está indo rápido. O seu corpo não pode sentir a velocidade de maneira alguma; pode apenas sentir as alterações na velocidade, ou seja, a aceleração.
A única razão pela qual você sabe que está se movendo rapidamente na montanha-russa é que a estrutura está zunindo por você à toda velocidade e o ar está batendo em seu rosto. Os projetistas certificam-se de criar uma infinidade de espaços apertados e a impressão de quase errar a curva para fazê-lo sentir que está percorrendo vertiginosamente a estrutura a uma velocidade fora de controle.
Um dos componentes mais emocionantes nas montanhas-russas modernas é o giro de 360 graus, ou "loop". Estas estruturas viram o mundo todo de cabeça para baixo por alguns segundos. Enquanto você está virando, a inércia sobre você não apenas produz uma excitante força de aceleração, mas também o mantém na cadeira enquanto está de ponta-cabeça.
Um giro de 360º é um tipo de centrífuga, justamente como um carrossel. Em um carrossel, uma plataforma giratória o empurra em linha reta para fora. A barra de contenção na borda do carrossel impede que isto aconteça; ela está constantemente acelerando-o em direção ao centro da plataforma.


Um "loop" vertical em forma de gota na Canyon Blaster no Adventure Dome em Las Vegas, Nevada



O "loop" de uma montanha-russa atua exatamente da mesma maneira que um carrossel. Ao aproximar-se da volta, sua velocidade inercial está bem à sua frente, em linha reta. Mas a pista evita que os vagões, e portanto seu corpo, sigam nessa direção. A força da sua aceleração o separa do chão do vagão e a inércia o empurra contra ele. Sua própria inércia cria um tipo de falsa gravidade que o mantém preso ao fundo do vagão, mesmo quando você está de cabeça para baixo. Você precisa usar um cinto de segurança para sua proteção, mas na maioria dos giros de 360º você permanece dentro do carro com ou sem o cinto.
Quando você percorre a volta, a força total agindo no seu corpo está mudando constantemente. Na base, a força da aceleração o empurra para baixo na mesma direção da gravidade. Uma vez que ambas as forças o empurram na mesma direção, você se sente especialmente pesado nesse ponto. À medida que você sobe, a gravidade está puxando você contra a cadeira, enquanto a força da aceleração está empurrando você em direção ao chão. Você sente a gravidade puxando-o contra a cadeira, mas (se os seus olhos ainda estiverem abertos) poderá ver que a Terra não está mais onde deveria estar.


No ápice do "loop", você está completamente de cabeça para baixo: a gravidade está puxando você para fora de sua cadeira em direção ao solo, mas uma força de aceleração forte o empurra contra a cadeira, em direção ao céu. Uma vez que as duas forças agindo em direções opostas são aproximadamente iguais, você se sente muito leve. Assim como na descida rápida, você se encontra quase sem peso no topo do "loop". À medida que o giro acaba e seu corpo nivela, o peso retorna.

Um giro de 360º na Viper, no Six Flags Magic Mountain em Valencia, Califórnia: a Viper, inaugurada em 1990, teve um custo de construção de US$ 8 milhões

O giro de 360º é fantástico porque concentra muita coisa em uma distância bastante curta. As variações nas forças fazem seu corpo experimentar toda uma gama de sensações em questão de segundos. Enquanto essas forças sacodem todas as partes de seu corpo, seu olhos vêem o mundo inteiro de cabeça para baixo. Para muitos passageiros, este momento no pico de uma volta completa, quando se sentem leves como uma pluma e tudo que podem ver é o céu, é a melhor parte de todo o passeio.
Na volta completa, a intensidade da força de aceleração é determinada por dois fatores: a velocidade do trem e o ângulo da curva. Quando o trem entra na volta, sua energia cinética é máxima, isto é, move-se à velocidade máxima. No topo da volta, a gravidade de certa forma desacelerou o trem, que agora tem mais energia potencial e menos energia cinética, e move-se com velocidade reduzida.
Inicialmente, os projetistas de montanhas-russas criaram "loops" em forma de círculo. Nesta concepção, o ângulo da curva é constante em toda a volta. Para acumular uma força de aceleração forte o suficiente para empurrar o trem na pista até o topo da volta, eles tinham que impulsioná-lo a uma velocidade razoavelmente alta (para que chegasse bem rápido ao topo do "loop"). Mais velocidade significa uma força muito maior sobre o passageiro ao entrar no "loop", o que pode ser desconfortável.
Uma configuração em forma de gota torna bem mais fácil equilibrar estas forças. O "loop" é muito mais acentuado no topo do que ao longo das laterais. Desta maneira, o trem pode passar pela volta com velocidade suficiente para que tenha uma força de aceleração adequada no topo, enquanto o formato de gota cria uma força de aceleração reduzida nas laterais. Isto proporciona a força necessária para manter tudo funcionando, sem aplicar muita força onde poderia ser perigoso.

Fonte : How StuffWorks

sábado, 30 de junho de 2007

Dois tipos de montanha-russa Parte II

Na última seção, vimos os elementos básicos de uma montanha-russa. Os vagões trafegam em uma pista sinuosa. A pista começa com uma subida íngreme, que armazena energia potencial nos vagões. O resto das colinas, vales, voltas e curvas da pista servem para alternar a energia acumulada entre energia potencial e energia cinética. À medida que o trem se move, a energia é gradualmente perdida para a fricção até chegar o fim da viagem. Imagem cedida pela Coaster Central


A Giant Dipper em Santa Cruz Beach Boardwalk, em Santa Cruz, Califórnia: montanha-russa clássica de madeira construída em 1924




Existem dois tipos básicos de montanhas-russas, caracterizadas principalmente pela estrutura de suas pistas.
As pistas das montanhas-russas de madeira são como estradas de ferro tradicionais. As rodas metálicas do trem rolam sobre um trilho de metal com largura entre 10 e 15 cm. Esses trilhos são presos a pistas de rolamento robustas, feitas de madeira laminada. Na maioria delas, os carros têm rodas com o mesmo perfil flangeado das rodas de um trem (a parte interior das rodas tem uma aba que evita que o carro descarrile). O carro possui outro conjunto de rodas (ou muitas vezes apenas uma barra de segurança) que corre por baixo da pista. Isto impede que os vagões voem pelo ar.
Os trilhos das montanhas-russas de madeira são unidos com dormentes de madeira e vigas diagonais de suporte. A estrutura inteira assenta-se numa intrincada treliça de vigas de madeira ou aço, exatamente como o vigamento que suporta uma casa ou um edifício. Usando estes elementos, os projetistas podem combinar colinas, voltas e curvas em uma infinita variedade de configurações de trajeto.
Eles podem até virar o trem de cabeça para baixo (embora isso seja raro em montanhas-russas de madeira). Já que a pista e a estrutura que a suporta são tão desajeitadas, a pista de madeira se torna bastante inflexível. Isto dificulta a construção de curvas e torções mais complexas. Nestas montanhas-russas, a emoção do movimento é basicamente para cima e para baixo.
O mundo das montanhas-russas mudou radicalmente com a introdução das pistas de aço tubular, nos anos 50. Como o nome sugere, as pistas de aço tubular consistem em um par de longos tubos de aço. Estes tubos são sustentados por uma superestrutura leve, mas robusta, feita de tubos ou vigas de aço ligeiramente maiores.





Imagem cedida pela Coaster Central


A Dragon Khan, uma montanha-russa de aço tubular no Universal Studios Port Adventure em Salou, na Espanha: os 1.200 m de pista possuem diversas voltas, giros e parafusos.


Nas montanhas-russas de aço tubular, as rodas dos trens são feitas geralmente de poliuretano ou nylon. Além das rodas tradicionais que estão diretamente sobre os trilhos de aço, os carros têm rodas que se movem pela parte de baixo do tubo e rodas também nas laterais. Esta configuração mantém o carro preso de forma segura aos trilhos, o que é absolutamente essencial quando ele percorre as curvas e giros da montanha-russa.
Os carros das montanhas-russas de aço tubular podem se apoiar sobre os trilhos, tal como em montanhas-russas tradicionais de madeira, ou podem estar conectados aos trilhos pela parte de cima do carro, como em teleféricos de esqui. Nos vagões suspensos, há uma junta pivotante por onde eles se penduram, acrescentando-lhes um movimento lateral. Nos vagões invertidos, o carro suspenso é preso rigidamente aos trilhos, proporcionando ao projetista um controle mais preciso no movimento dos carros.
Uma pista de aço tubular não é disposta em pequenas peças como na pista de madeira. Ela é pré-fabricada em segmentos grandes e curvos, como as vigas pré-fabricadas de um arranha-céu. Os processos de fabricação de aço permitem conceber uma pista que se curva suavemente e inclina o carro em todas as direções. Em uma pista de madeira, o passeio é marcado pelo chacoalhar do carro ao passar sobre as junções que conectam as peças de madeira. Já as peças de uma pista de aço tubular são perfeitamente soldadas, criando um passeio incrivelmente suave. Como qualquer aficcionado por montanhas-russas diria, cada uma delas tem seu próprio charme.
A corrente de elevaçãoComo dissemos anteriormente, o trem da montanha-russa não tem motor próprio: na maior parte do trajeto, ele é movido pela gravidade e pela quantidade de movimento (o produto da massa de um corpo pela sua velocidade de deslocamento). Para ter quantidade de movimento, é preciso que o trem seja levado até o topo da colina principal ou catapultado por uma grande força.


Imagem cedida pela Coaster Central A primeira colina da Pepsi Max Big One em Blackpool Pleasure Beach: o trem desce a primeira colina em um ângulo de 65º

O mecanismo de elevação tradicional consiste em uma longa corrente em forma de anel (ou várias) percorrendo a colina por baixo da pista. A corrente passa em torno de uma engrenagem no topo e outra na base da colina. A engrenagem na base da colina é acionada por um motor simples.
O motor faz girar a corrente para movê-la continuamente colina cima, como uma correia transportadora. O vagão prende-se à corrente através de vários ganchos de corrente, que são fortes ganchos articulados. Quando o trem chega à base da colina, os ganchos prendem-se aos elos da corrente. Uma vez que o gancho está preso, a corrente simplesmente puxa o trem até o topo. Ao chegar lá, a corrente é liberada e o trem inicia a sua descida.

Lançamento por catapulta

Em alguns projetos mais recentes, o trem é posto em movimento por uma catapulta. Há muitos tipos de catapulta, mas todas fazem basicamente a mesma coisa. Em vez de arrastar o trem morro acima para armazenar energia potencial, estes sistemas colocam o trem em movimento acumulando uma boa quantidade de energia cinética em um período curto de tempo.
Um sistema de catapulta popular é o motor de indução linear. Um motor de indução linear usa eletromagnetos para criar dois campos magnéticos (um sobre a pista e outro na parte de baixo do trem), que são atraídos um para o outro. O motor move o campo magnético sobre a pista, tracionando o trem a uma velocidade alta. As vantagens principais desse sistema são a velocidade, eficiência, durabilidade, precisão e controlabilidade.
Outro sistema popular usa dúzias de rodas que lançam o trem até a colina inicial. Estas rodas estão dispostas em duas fileiras adjacentes ao longo da pista. As rodas agarram-se ao fundo (ou topo) do trem entre elas, empurrando-o para diante.

Os freios

Como em qualquer trem, uma montanha-russa necessita de um sistema de freios para que os carros possam parar com precisão no final do percurso ou em caso de emergência. Neste caso, os freios não são montados no próprio trem, mas nos trilhos.
Este sistema é muito simples. Uma série de grampos são posicionados no final da pista e em alguns outros pontos de desaceleração. Quando o trem precisa parar, um computador central opera um sistema hidraulico que fecha esses grampos sobre aletas verticais posicionadas embaixo do trem, gerando fricção para desacelerá-lo gradualmente.
Na próxima seção, estudaremos as diversas sensações produzidas durante um passeio na montanha russa e por que essas sensações são tão agradáveis.

domingo, 24 de junho de 2007

Garota perde pés em acidente em parque nos EUA

Uma garota americana teve seus pés decepados na quinta-feira em um brinquedo com defeito em parque de diversões na cidade de Louisville, no Estado americano de Kentucky, segundo a polícia. Um cordão envolveu os pés da jovem de 16 anos e os cortou na altura dos tornozelos enquanto ela estava na Superman Tower of Power.



De acordo com informações da CNN, uma testemunha contou à TV WLKY que viu um cabo solto durante a ida ao brinquedo. "As pessoas entraram no brinquedo e logo atingiram o chão. Quando o grupo saiu, uma das moças continuou sentada lá, e ela estava sem pernas. Ela ficou simplesmente sentada, calmamente, provavelmente em choque", disse Whitney Sandfer.

O acidente ocorreu logo após as 17h, segundo porta-voz do parque Six Flags Kentucky Kingdom Amusement Park, Wendy Goldberg. O parque se manteve aberto, mas a atração onde ocorreu o acidente foi fechada e ficará interditada até que a investigação seja concluída.

Na atração, os passageiros são suspensos a 53 m, ficam momentaneamente a esta altura e então caem em queda livre, segundo informações do site do parque. Eles caem a uma velocidade de 24 m/s.

Como funcionam as Montanhas-Russas


Introdução


Se você está estudando Física, existem poucas salas de aula mais excitantes que uma montanha-russa. As montanhas-russas são movidas quase inteiramente pelas forças inerciais, gravitacionais e centrípetas, colocadas a serviço de um passeio incrível. Os parques de diversões estão constantemente apostando em montanhas-russas mais rápidas e complexas, mas o princípio fundamental permanece o mesmo.


À primeira vista, uma montanha-russa é parecida com um trem de passageiros: ela consiste em uma série de vagões conectados que se movem sobre trilhos. Mas, ao contrário de um trem de passageiros, ela não possui motor ou fonte de energia própria.
Na maioria dos percursos, a montanha-russa é movida apenas pelas forças de inércia e da gravidade. A única aplicação de energia ocorre bem no início da viagem, quando o trem é puxado para cima da primeira colina (chamada colina de elevação).
O propósito dessa ascensão inicial é propiciar um certo acúmulo de energia potencial. O conceito de energia potencial, geralmente chamada de energia de posição, é bem simples: à medida que o vagão sobe, aumenta a distância em que a força da gravidade irá puxá-lo para baixo. Você pode experimentar esse efeito a todo momento. Imagine-se dirigindo o seu carro, andando de bicicleta ou descendo uma colina de trenó. A energia potencial que você acumula subindo a colina pode ser convertida em energia cinética, a energia de movimento que o leva morro abaixo. A energia cinética tem tudo a ver com montanhas-russas.
Convertendo energiaComo vimos acima, a colina de elevação em uma montanha-russa serve para acumular energia potencial. Quando você começa a descer a primeira elevação, a gravidade faz com que toda a energia potencial armazenada seja convertida em energia cinética. A gravidade aplica uma força descendente constante sobre os vagões.




A energia na montanha-russa está sempre se convertendo de energia potencial para cinética e vice-versa. No topo da colina de elevação (a), a energia potencial está no seu valor máximo, já que o trem está no ponto mais alto possível. À medida que o trem desce a colina, esta energia potencial é convertida em energia cinética, e o trem acelera. Na base da colina (b), a energia cinética está no máximo e a energia potencial no mínimo. A energia cinética impulsiona o trem até a segunda colina (c), aumentando o nível de energia potencial. Quando o trem entra no loop (d), há muita energia cinética e pouca energia potencial. A energia potencial aumenta à medida que o trem chega ao ápice do loop (e), mas logo é convertida novamente em energia cinética quando o trem termina a volta (f).




Os trilhos da montanha-russa servem para direcionar esta força; eles controlam a maneira como os vagões descem. Se os trilhos inclinam-se para baixo, a gravidade atrai a frente do vagão em direção ao chão, acelerando-o. Se os trilhos inclinam-se para cima, a gravidade aplica uma força descendente sobre a traseira do vagão, desacelerando-o.
Morro acima e morro abaixoComo um objeto em movimento tende a permanecer em movimento (Primeira Lei de Newton), o vagão manterá uma velocidade para frente mesmo ao subir o trilho, quando estará indo contra a força da gravidade. Quando o vagão sobe até o alto da colina seguinte à colina de elevação inicial, sua energia cinética converte-se novamente em energia potencial. Desta maneira, o percurso da pista está constantemente convertendo energia cinética em potencial e vice-versa. Essa variação na aceleração é o que torna as montanhas-russas tão divertidas.


Na maioria das montanhas-russas, as colinas diminuem em altura ao longo do trajeto. Isto é necessário porque o acúmulo total de energia na colina de elevação é perdido gradualmente devido ao atrito entre o trem e os trilhos, bem como entre o trem e o ar. Ao chegar no final da viagem, a reserva de energia potencial está quase esgotada. Neste ponto, o trem pode parar ou seguir para a colina de elevação para mais uma volta.
A montanha-russa, em sua forma mais simples, é basicamente isso: uma máquina que usa a gravidade e a inércia para movimentar um trem ao longo de uma pista sinuosa. Nas próximas seções, analisaremos os diferentes dispositivos que a fazem funcionar.

Desperado - Buffalo Bill's Resort & Casino